Homens que apresentaram o transtorno na infância têm menores níveis de
escolaridade, recebem menores salários e se divorciam mais, aponta estudo
Mesmo já adultos, homens que
receberam o diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH) na infância apresentam menores níveis de
escolaridade e econômico e piores quadros sociais do que aqueles que não foram
atingidos pelo problema. Essa conclusão faz parte de uma pesquisa do Centro Médico
Langone, em Nova York, nos Estados Unidos, que foi publicada nesta semana no
periódico Archives of General
Psychiatry.
Dados de amostragem: 272 homens de 41 anos com e sem TDAH
Resultado: Homens adultos que receberam diagnóstico de TDAH na infância têm menores níveis de escolaridade, ganham menores salários, se divorciam mais e abusam mais de substâncias químicas.
O estudo acompanhou 136 homens que haviam sido diagnosticados com TDAH
aos oito anos de idade com 136 participantes que não haviam apresentado o
problema quando crianças. Todos tinham 41 anos. Os pesquisadores observaram que
o grupo do TDAH tinha, em média, 2,5 anos a menos de estudo. Entre esses
participantes, 31% não haviam completado o ensino médio e quase nenhum havia
obtido um diploma de ensino superior, enquanto entre o grupo sem o transtorno
apenas 3,7% não concluíram o colégio e 29,4% fizeram faculdade.
Além disso, o grupo do TDAH, embora em sua maioria estivesse empregado,
recebia um salário anual, em média, 40.000 dólares mais baixo do que os outros
participantes. Eles também se divorciaram mais (9,6% contra 2,9%), apresentaram
mais problemas com abuso de substâncias químicas (14% contra 5%) e mais casos
de transtornos de personalidade (16% contra zero). Não houve diferenças em
relação a transtornos de ansiedade ou hospitalização. "Observamos que as
múltiplas desvantagens causadas pelo TDAH na infância até a idade adulta
começou na adolescência. Nossos resultados destacam a importância de um
acompanhamento prolongado e tratamento de crianças com TDAH", concluiu o
estudo.
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