quarta-feira, 3 de novembro de 2010


É uma experiência subjetiva que pode ser acessível às pessoas através de relatos verbais e comportamentos observáveis.


ATRIBUTOS MAIS CONHECIDOS DE UMA PESSOA COM ALTA AUTO-ESTIMA


  • Preocupar-se pouco com medos e ambivalências;

  • Orientar-se mais direta e realisticamente às metas pessoais;

  • Demonstrar confiança e otimismo nos próprios atributos;

  • Ser pouco sensível às críticas.


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A AUTO-ESTIMA


Quando é baixa a auto-estima, a resistência diante da vida e suas adversidades diminui.

Uma pessoa com baixa auto-estima tende a ser mais influenciada pelo desejo de evitara dor do que de vivenciar o prazer.

Uma auto-estima elevada busca o estímulo de metas desafiadoras. Atingir objetivos exigentes alimenta uma boa auto-estima.

MAS ATENÇÃO, AUTO-ESTIMA NÃO É!


Narcisismo

Esnobismo

Egocentrismo

Hedonismo

Sentimento de superioridade

Outras conotações de caráter individualista


O DESENVOLVIMENTO DA AUTO-ESTIMA NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE


Fatores determinantes para o desenvolvimento da auto-estima na criança:

a) O valor que a criança percebe dos outros em relação a si expresso em afetos, elogios e atenção.

b) A experiência da criança com sucessos ou fracassos

c) A forma de reagir às críticas

A dominação de crianças, a ridicularização, a humilhação, a rejeição e a punição severa tendem a resultar em baixa auto-estima.

Crianças ignoradas, rejeitadas e humilhadas tendem a se perceber como sujeitos merecedores de desrespeito.

Adolescentes com auto-estima mais alta possuem interação social positiva no ambiente familiar.

Uma interação familiar de qualidade combinando afeto, limite, reforço, diálogo, modelo contribui consideravelmente para o desenvolvimento de uma maior auto-estima nos adolescentes e crianças.

A auto-estima pode ser profundamente abalada na adolescência, principalmente quando a estrutura emocional do sujeito é mais frágil, tornando mais difícil lidar com as mudanças.


ALGUMAS CONDIÇÕES FAMILIARES QUE PODEM CONTRIBUIR PARA UMA BAIXA AUTO-ESTIMA


Perceber a família como conflituosa

Viver em a ambiente familiar empobrecido física, emocional e intelectualmente

Ter pais que tendem a depreciar os filhos, encarando-os como um fardo e lhes dando um tratamento desatento e negligente

Viver em uma família em que não há o estabelecimento de diretrizes

Viver um uma família que possui um sistema de punição baseado na força e na perda de amor.


COMO A AUTO-ESTIMA DOS PAIS AFETA A AUTO-ESTIMA DOS FILHOS


Os filhos sempre procuram nos pais sugestões de como se comportar. A reação emocional dos pais mesmo que não expressem, influencia os filhos.

Os pais com baixa auto-estima são frequentemente ansiosos. A ansiedade deturpa a comunicação.

Os pais com baixa auto-estima tendem a “viver” através dos filhos.

Os pais com baixa auto-estima sentem-se ameaçados pelo forte senso de auto-estima dos filhos, em especial quando os filhos buscam independência e autonomia


COMO A AUTO-ESTIMA DOS PAIS AFETA A AUTO-ESTIMA DOS FILHOS


Os pais com baixa auto-estima têm dificuldade para elogiar de maneira realista e precisa. Tendem a não elogiar, elogiar muito pouco ou elogiar em excesso.

Os pais com baixa auto-estima tendem a transmitir aos filhos mensagens confusas sobre o sucesso. (“Continue tentando, mas não espere vencer!”)

Quando os pais têm pouca auto-estima, tendem a ver um problema ou um problema em potencial em tudo.


A AUTO-ESTIMA DOS MEUS FILHOS SERÁ A MESMA DURANTE TODA A VIDA?


A auto-estima tem uma “estabilidade instável”

Ela é caracterizada por um processo dinâmico e contínuo, sendo estabelecida e estruturada desde a infância, mas podendo se modificar (talvez não de forma radical) ao longo da vida.

Depende da capacidade de transformação do indivíduo e das circunstâncias por ele enfrentadas.


PROPOSTAS PARA A PROMOÇÃO DA AUTO-ESTIMA


Ela é algo que se constrói no dia-a-dia, na intimidade das relações.

Respeito pelas diferenças individuais

Demonstrar ter uma forte convicção de que confia no potencial e na capacidade do seu filho

Ajudá-lo a perceber a própria capacidade e o potencial a ser explorado

Aceitação dos limites individuais

Desenvolvimento de atividades lúdicas (música, esporte, poesia, teatro etc)

Não bastam alguns elogios para obter a elevação da auto-estima


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS


CLEMES, H. & BEAN, R. Crianças Seguras: Como Aumentar a Auto-estima das Crianças. São Paulo: Editora Gente, 1995.

ASSIS,S.G. & AVANCI, J.Q. Labirinto de Espelhos: Formação da Auto-estima na Infância e na Adolescência. Rio de Janeiro: Editora Fio Cruz, 2004.

SANÁBIO,R.G.,Adolescência e Auto-estima: Um Desafio para a Educação em Saúde. Dissertação de Mestrado. Universidade de Fortaleza. Fortaleza. Ceará. Brasil