quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Crianças especiais também podem brincar com brinquedos convencionais

As crianças especiais são reconhecidas por apresentarem desordens na aprendizagem, revelações de conduta, problemas emocionais, como também podem ter perda da função: psicológica, fisiológica ou anatômica. Além de carinho, paciência, atenção e amor, a criança especial precisa de diversão. Entretanto sabe-se que o a diversão tem um papel importante no processo do aprender, pois torna verdadeiro o conceito do aprender divertindo-se. Meninos e meninas portadoras de deficiências podem brincar com brinquedos comuns.

Contudo, os brinquedos:


- devem ser inquebráveis;
- não podem ter pontas;
- precisam ter cores vivas;
- possuírem partes móveis;
- serem sonoros;
- serem agradáveis ao contato;
- possuírem texturas diferentes.


Exemplos: Bola (sonora, de borracha macia e de meia) bicho (borracha e de pelúcia) peteca, pião, chocalho, boneca (macia ou de pano), jogos (memória, quebra-cabeça entre outros), fantoche, diversos brinquedos (tecido, madeira e borracha).

Cada brinquedo pode ter uma função ideal para cada caso. O estímulo à criança especial no emprego de brinquedos, pode expandir o seu potencial, se houver estimulação adequada a sua condição de desenvolvimento, às suas necessidades ajustadas e as suas possibilidades.


Algumas crianças com necessidades especiais podem ter dificuldades para manipular brinquedos convencionais, mas os pais ou educadores podem adaptar ou criar brinquedos apropriados para as mesmas.


É preciso incentivar sempre a criança especial a manusear brinquedos Nunca espere que uma criança especial faça isso sozinha, ajude-a. Sobretudo, não exija da criança especial atuação incompatível com a realidade e maturidade na qual se encontra. Muitos pais e educadores sabem que os brinquedos são facilitadores do processo ensino-aprendizagem, mas precisam conhecer vários tipos de brinquedos, suas alternativas de exploração e suas especificidades.


É de fundamental importância que conheçam a vida social das crianças especiais com as quais se esteja convivendo. Assim poderão conhecer mais a condição da deficiência na sociedade como um todo, bem como o desenvolver da criança especial por meio da ludicidade. Desta maneira as crianças especiais, podem experimentar vivências lúdicas mais benéficas.


Segundo Oliveira (1984), a riqueza do brinquedo decorre de sua capacidade de instigar a imaginação infantil. O brinquedo auxilia a criança especial a sentir-se protegida e a ajuda muita a superar alguma dor,frustração ou perda.


Para Vygotsky (1988), o brinquedo é um estímulo a seu desenvolvimento físico e mental.


Podemos afirmar que o brinquedo contribui definitivamente no processo de socialização, desenvolvendo na criança especial a expressão e a comunicação verbal, podendo ainda responder às pretensões da sua qualidade de vida, podendo fazer com que a mesma participe prontamente dos processos da aprendizagem de maneira feliz, divertida e muito prazerosa. O brincar para a criança de acordo com Bomtempo & Zamberlan (1996), é necessário, uma vez que isto contribui para seu desenvolvimento bem como para sua capacidade de aprender e de pensar.


Sendo assim, para crianças especiais, devemos oferecer brinquedos que possibilitem atender adequadamente ás suas necessidades e possibilidades, com vistas a promover um cuidado eficaz ao seu desenvolvimento integral.

Referências
Aufauvre, M. R. (1987). Aprender a Brincar / Aprender a Viver. São Paulo: Manole Ltda.
Bomtempo, E. H. C, & Zamberlan, M. A. (1996). A Psicologia do Brinquedo. Aspectos Teóricos e Metodológicos. São Paulo : Edusp.
Fonseca, V. (1995). Educação Especial: Programa de Estimulação Precoce. Porto Alegre: Artes Médicas.
Maluf, A.C.M (2003) Brincar Prazer e Aprendizado. Petrópolis: Vozes.
Oliveira, P. S. (1984). O que é Brinquedo?. São Paulo, Brasiliense.
Vygotsky L. S. (1988). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.