quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mais um pouco sobre a dislexia

A dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É específico da linguagem e se caracteriza pela dificuldade de decodificar palavras simples, dificuldade esta não esperada em relação à idade. Apesar de instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem. A dislexia se apresenta em várias formas de linguagem, freqüentemente incluídos problemas de leitura, aquisição e capacidade de escrever e soletrar. Sabe-se que é um distúrbio genético e hereditário, mas não se sabe ao certo as causas da dislexia. Pesquisas nesse sentido estão sendo realizadas nas áreas biológicas, lingüísticas, neurológicas, auditivas e visuais.

São dezenas os sintomas que caracterizam o distúrbio. Na fase pré-escolar, sinais como pouca atenção, atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade de aprender rimas e canções, fraco desenvolvimento da coordenação motora são alguns dos indicativos de que a criança pode ser disléxica. Na idade escolar, adicionam-se dificuldade na coordenação motora para desenhos, pintura, ginástica e dança, confusão entre esquerda e direita, desorganização (por exemplo, constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares) e dificuldade na leitura, matemática, desenho geométrico, entre outros. Quem é disléxico, até na idade adulta sofre para soletrar palavras e tem a memória imediata prejudicada.

Para tratar a dislexia, é fundamental um diagnóstico multidiciplinar feito por uma equipe de psicólogo, fonaudiólogo, psicopedagogo e se necessário outros profissionais para se determinar – ou eliminar – fatores,

em todas as áreas que possam estar comprometendo o processo de aprendizagem. Informações como: o desenvolvimento da criança, histórico familiar, desempe-

nho escolar, métodos de ensino e repertório adquirido também são de muita importância.

A constatação de que uma criança é disléxica, principalmente no grau mais severo, provoca ansiedade tanto na família, quanto na escola e nos profissionais de reeducação, sabedores que são das limitações que existem na colaboração familiar e das difíceis adequações escolares. Em relação à criança, definir a causa de suas dificuldades provoca mais sensação de alívio do que angústia, pois, pelo menos, não ficará mais exposta ao rótulo de preguiçosa, desatenta, bagunceira, etc.

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